Gisele toledo

O vento nos canteiros de hortelã

Fotografia, poesias

Século XIX no Brasil. A escravidão aperta o açoite e alastra os gritos dos negros da senzala, enquanto era tudo silêncio nas duas casas grandes. O que a vida entregou a dois senhores de cafezais vizinhos com a mão da riqueza e da fartura, tirou com a mão da escassez de herdeiros. Para tanta extensão de terra e grãos, apenas filhos únicos a cada um para povoar tantas janelas. O tempo passa e muda a sina das fazendas, unidas pelo casamento dos filhos, em uma só: A Nascente. E o nome funciona como uma profecia ao ter pelos corredores tantos homens herdeiros e uma menina temporã, criada pela sábia e doce avó, a qual a afasta da crueldade da casa e a aproxima das artes e de seu irmão pianista.